Avenida Paulista: Protesto contra passagem de ônibus fecha vias e tem confronto com PM
quinta-feira, 6 de junho de 2013Um protesto contra o aumento das passagens de ônibus, trem e metrô levou caos à região central de São Paulo em horário de pico. Manifestantes fecharam as Avenida Paulista, 23 de Maio, 9 de Julho e São Luís. O bloqueio foi feito com pedras e papelões (cortados como catracas de ônibus), além de sacos de lixo em chamas. A polícia reagiu e houve confronto com gás lacrimogênio e balas de borracha. Pelo menos um manifestante havia sido preso até 21 horas.
Liderado pelo Movimento Passe Livre (MPL), o protesto começou às 18h30 na frente da prefeitura de São Paulo, no Viaduto do Chá. Em pouco menos de uma hora, o grupo já havia fechado as principais avenidas do entorno. Manifestantes encapuzados pegaram sacos de lixos das calçadas, colocaram no meio das avenidas e atearam fogo. Viaturas da São Paulo Transporte (SPTrans) foram destruídas.
Com a chegada da polícia, por volta das 19h, começou o confronto Militantes lançavam pedras e policiais usavam gás lacrimogênio e balas de borracha para dispersar a multidão no Vale do Anhangabaú. A Polícia Militar estimou em 700 o número de manifestantes e a Guarda Civil Metropolitana, em mil. Organizadores do evento no bairro dos Jardins falaram em 5 mil.
Após o confronto no centro, o protesto se deslocou para a Avenida Paulista. A via chegou a ser bloqueada totalmente nos dois sentidos às 20h. Viaturas e motos da PM acompanharam os manifestantes, que voltaram a botar fogo em objetos no meio da avenida. Alguns depredaram bares, arrancaram fios de luz e jogaram pedras na polícia. Um fotógrafo do jornal O Estado de S Paulo foi atingido com uma pedra na barriga.
O protesto ainda causou um dos piores índices de congestionamento do ano. Às 19h, havia 160 km de lentidão – a média do horário é de 138 km. A Paulista seguia parcialmente bloqueada por volta das 21 horas.
Fonte: Diário do Litoral